sexta-feira, 30 de outubro de 2009

IBERÊ CAMARGO

Um dos grandes nomes do século XX, Iberê é dono de uma vasta obra, que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras.
Seu trabalho é reconhecido por seus carretéis, ciclistas e idiotas.

"São simples os signos de Iberê. O artista se concentra num grupo básico. É com este discurso econômico que a obra constrói a sua eloquência. Carretel: Memória com operação de passagem do símbolo ao signo. Brinquedo de infância, módulo, taça, falo. Ritmo equilíbrio, ordem.
Máquina do tempo no desenrolar da extensão da linha iaginária. Cruz: Assinalação de lugar.
Encontro (não com o drama da paixão) entre o vertical e o horizontal. Melévitch e Mondrian.
Cubo: Dados sem números: sorte cega, ação precisa: matéria em volume. Dado: Como evitar Mallarmé? Uma pincelada, um golpe de tinta jamais abolirá o acaso...Mão: Quase um alerta, concitando ao olhar. Hora X (1984) e outras horas como estações de um drama. Seta: Caminhos do pincel, pegadas em tinta, direções do olhar. Dinâmica: espaço/tempo: Movimento. Aintimobilidade. Sousândrade. "Lá era aqui!." (Paulo Herkenhoff)


Iberê dizia que gostava de viver o dia a dia e que tentava refletir isso em suas obras. Podemos observar essa afirmação em diferentes fases de seu trabalho, como o figurativismo em que trabalha com a paisagem, a figura humana. Depois o não-figurativismo, do qual seria um dos principais representantes no Brasil. E em anos posteriores a explosão de cores a partir de fundos negros.

"Minha gravura e minha pintura sempre caminharam de forma paralela. Nem podia ser desligada. Porque eu sempre pinto o agora. Mas como não sou um saco vazio, esse agora tem muita coisa dentro, que vem à tona, que participa do hoje. Quando eu pinto o agora, estou pintando o ontem e já abrindo espaço para o futuro. É por isso que eu digo que ninguém pode caminhar sem colocar um passo na frente e outro atrás. Esse negócio de caminhar pulando não dá. Por isso que esse desejo de ruptura com as coisas é como querer tirar uma perna. Vai caminhar pulando com um sapo". (Iberê Camargo)
















Na década de 80, após o artista se envolver em um drámatico episódio, sua arte retorna ao figurativismo. A partir de então, pinta figuras humanas esquálidas, trágicas, repletas de infinita solidão e atinge a plenitude de sua arte, tornando-se uma das expressões mais veementes da pintura brasileira.














" Só a imaginação pode ir mais longe no mundo do conhecimento. Os poetas e os artistas intuem a verdade. Não pinto o que vejo, mas o que sinto".
(Iberê Camargo)





O artista morre em Porto Alegre em 1994, aos 79 anos, mas deixa para sua esposa, Sr (a) Maria Coussirat Camargo, um acervo de mais de sete mil obras.

Em 1995, Maria inaugura a fundação Iberê Camargo, que objetiva conservar, catalogar e promover as obras de Camargo.








quinta-feira, 29 de outubro de 2009

FÓRUM DAS LETRAS


Começou hoje, dia 20 de novembro, o 5° Fórum das Letras de Ouro Preto. Até o dia 2 de novembro o encontro literário reunirá alguns dos maiores escritores da atualidade brasileira e internacional, como Portugal e França.

Promovido pela Universidade de Ouro Preto - UFOP e idealizado pela escritora Guiomar de Grammont, o evento foi planejado com a intenção de promover o diálogo entre autor e publico participante, além disso, o de valorizar a cidade de Ouro Preto, berço de grandes escritores.

Com a intenção de levar a literatura até as pessoas; em bares, restaurantes, ruas, praças, este ano as atividades estão sendo desenvolvidas no Cine Vila Rica, próximo a praça Tiradendes, onde também está presente espaços importantes da cidade histórica, como o Museu da Inconfidência e a Casa da Ópera, considerados um dos mais belos catões postais ouro-pretanos.

Outra novidade é o Fórum das Letrinhas, que tem como objetivo estimular a aproximação entre crianças e o universo literário.

Maiores informações no site: www.forumdasletras.ufop.br

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ARRAIAL D'AJUDA - BECO DAS CORES


Esquina do Mundo, é assim que muitas pessoas chamam Arraial D'Ajuda. Mas por qual razão? Pela tranquilidade? Por ser um ambiente alegre? Acredito que não, acho que a resposta mais adequada é pelo fato de Arraial ser um local de encontro de diferentes nacionalidades, culturas, crenças. Então não seria melhor apelidá-la de Pequeno Brasil? Talvez, mas depois de tanto tempo o melhor mesmo é manter o codinome.

Arraial D'Ajuda faz parte da Costa do Descobrimento, foi aqui que os portugueses chegaram para colonizar a então terra desconhecida e construíram a Igreja (que até hoje existe) em homenagem a Nossa Senhora D'Ajuda e que originou o nome do distrito de Porto Seguro, Arraial D'Ajuda.

Distrito de Porto Seguro, mas muito distinto do município ao qual pertence; mais tranquila, charmosa, até o ar parece diferente. Lugar perfeito para namorar, ver o sol nascer, descansar, curtir com um grupo de amigos ou simplesmente para não fazer nada.
Arraial causa paixão. Muitas pessoas que chegam nunca mais querem ir embora. Há alguns dias ouvi a frase "Quando vim pela primeira vez em Arraial, fiquei mais do que encantada, depois passei anos retornando nas férias, mas todas as vezes que voltava pra casa deixava um pedaço do meu coração aqui, até que um dia voltei e nunca mais fui embora".

E a esquina do mundo tem um exato ponto de encontro, onde ao chegar você entende muito bem o sentido de Arraial; Beco das Cores. Característica principal: mesma de Arraial; charme. No Beco você conhece pessoas, ouve várias linguas;inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e as vezes até se pergunta, que lingua é aquela? Pode comprar e admirar obras de artes de artistas locais, comer diferentes pratos, ouvir uma boa música e dançar.
Beco das Cores é referência, ao vir para Arraial, não deixe de visitá-lo.

(Tatiane C. Corneta)






terça-feira, 27 de outubro de 2009

INHOTIM

Localizado em Brumadinho, Minas Gerais, Inhotim é um local que foge do tradicional dos museus urbanos e parques de escultura, sendo originalmente, a maior galeria de arte contemporânea ao ar livre do mundo. Com um espaço tão amplo, seu objetivo é oferecer aos artistas a oportunidade para sonhar e produzir obras de grande escala e complexidade.

Dentro de um parque ambiental, além das belezas das obras de artes, é possivel ter contato com a natureza, já que Inhotim é também um local de alimentação, sobrevivência e reprodução das mais variadas formas de vida, preocupados sempre com o desenvolvimento sustentável com responsabilidade sócio ambiental.

O complexo foi inaugurado em 2006, mas muito antes disso, desde 1980, seu acervo já começava a ser organizado. Atualmente, disponibiliza aproximadamente 500 obras de mais de 100 artistas, com foco na arte produzida internacionalmente nos anos 1960 até os dias de hoje. Pintura, escultura, desenho, fotografia, video e instalações de renomados artistas brasileiros e internacionais são exibidos em exposições pelo parque botânico.

Bienalmente uma nova exposição é apresentada, com o objetivo de divulgar as novas aquisições e criar releituras da coleção. Novos projetos de artistas são inaugurados, permitindo que Inhotim esteja sempre em evolução.

Informações: www.inhotim.org.br










segunda-feira, 26 de outubro de 2009

MILTON NASCIMENTO

" A gente subir no palco, cantar e conhecer as pessoas e trabalhar pra elas é um tremendo ato de amor. Então a gente no fundo esta namorando todas aquelas pessoas, então o coração fica naquela; entra um, entra outro, vai entrando, vai entrando, vai entrando...
Tem hora que ele pede socorro, mas ele está achando é bom, é ele gosta!!" (Milton Nascimento)

Hoje, dia 26 de outubro é aniversário de Milton Nascimento, um dos maiores cantores e compositores brasileiros, reconhecido internacionalmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da MPB.

Milton, pessoa simples, tímido, que surpreende ao deixar escapar sua voz, que o torna simplesmente gigante, capaz de tocar no mais profundo da alma.

As frases citadas abaixo, foram retiradas do site Milton Nascimento:

http://www2.uol.com.br/miltonnascimento/#

um site muito completo com a vida, obra, prêmios, turnês, canções e muito mais: e expressam um pouco (só um pouco) quem é Milton Nascimento que, na verdade você só conhece ao ouvir suas canções.

"Se Deus cantasse, seria com a voz de Milton". (Elis Regina)

" A palavra inventivo não o define tão bem como a palavra original, e ele é, sozinho, um movimento" (Caetano Veloso)

" Correndo na frente do tempo, acima do que ficou combinado, sempre muito mais do que poderia se imaginar, o som de Milton, inquieto e aflito, com a certeza calada de quem está firme nos pés, apesar de todas as dores". (Edu Lobo)

" Você foi chegando, humilde e tomou conta do meu corpo para sempre. Encheu meus dias de beleza e razões para viver". (Lilia Silva Campos, mãe de Milton Nascimento)

" Milton é um compositor brilhante, ele tem uma das vozes mais incríveis que eu já ouvi. Suas melodias têm uma simplicidade, que vão direto ao centro do seu coração. (Herbie Hankock)

" Meu Yauaretê Pixuna, minha onça verdadeira. Você é o rei da floresta, rei da mata brasileira. Meu Taquaraçu de espinho, meu carioca mineiro. Meu amor e meu carinho. Uiarapurú verdadeiro. O amador de passarinho. (Tom Jobim)



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

HÉLIO OITICICA

Muito se ouviu falar sobre Hélio Oiticica nestes últimos dias, e de uma forma que muitos não gostariam de ter escutado.Cerca de 90% de suas obras, que estavam na casa de seus familiares, foram queimadas.

Duas mil obras e objetos documentais estavam no acervo, estima-se uma perda financeira de 200 milhões de dólares, mas para os admiradores, com certeza, algo incalculável.

Hélio foi um artista revolucionário. Sua intenção era permitir que o público não só observasse suas obras, mas pudesse interagir com elas.

Abaixo um vídeo que mostra um pouco das obras e traços do artista.


MOACYR SCLIAR

ESPÍRITO NATALINO

Primeira coisa que ele fez, ao chegar em casa, foi tirar a roupa de Papai Noel: estava muito quente, suava em bicas. Também queixou-se de dor na coluna. Isso é por causa do saco que você carrega, observou a mulher. De fato pesava bastante, o tal saco. A razão ficou óbvia quando ele esvaziou o conteúdo sobre a mesa: revólveres, granadas, submetralhadoras, vários pentes de munição. Já não dá para sair de casa sem um arsenal, resmungou. O seu mau humor era tão óbvio, que ela tentou amenizá-lo, puxando conversa. Como foi o seu dia perguntou.

Um desastre foi a azeda resposta. - Mais uma vez errei a pontaria. Já é a segunda vez nesta semana.

- Isto é o cansaço - disse ela.

- Você precisa de um repouso. Amanhã você vai ficar em casa, não vai?

- De que jeito? tenho trabalho.

- Amanhã? No dia de natal?

- O que é que você quer? É a minha última chance de usar a fantasia de Papai Noel. Tenho de aproveitar.

Suspirou:

- Vida de pistoleiro de aluguel é assim mesmo, mulher. Natal, Ano Novo, essas coisas para nós não existem. Primeiro obrigação. Depois a celebração.

Ela ficou pensando um instante. - Neste caso, disse - Vamos antecipar a nossa festinha de Natal, vou lhe dar o seu presente.

Abriu o armário e de lá tirou um caprichado embrulho. Surpreso, o homem o abriu com mãos trêmulas. E aí o seu rosto se iluminou:

- Um colete a prova de balas! Exatamente o que eu queria! Como é que você adivinhou?

- Ora - disse ela, modesta, afinal de contas eu conheço você há um bocado de tempo.

Ele examinava o colete, maravilhado. E aí notou que ele era todo enfeitado com minúsculos desenhos.

- O que é isto? perguntou intrigado.

Ela explicou: eram pequenas árvores de Natal e desenhos do Papai Noel, trabalho de uma habilidosa bordadeira nordestina:

- Para você lembrar de mim quando estiver trabalhando.

Ele começou a chorar baixinho. Em silêncio, ela o abraçou. Compreendia perfeitamente o que se passava com ele. Ninguém é imune ao espírito natalino.


Texto de Scliar extraído do Jornal "Folha de São Paulo", São Paulo, edição de 24/12/2001.

Neste caso Moacyr escreveu um texto de ficção baseado em uma notícia que foi publicada no jornal: "Homem disfarçado de Papai Noel tenta matar publicitária em São Paulo".

E assim, com seu estilo levemente irônico, Scliar, um dos mais conhecidos escritores brasileiros, já publicou mais de 70 livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil. Sua maneira de escrever lhe garantiu uma quantidade grande de leitores e também proporcionou vários prêmios literários como o Jabuti, Associação Paulista de Críticos de Arte e o Casa de Las Américas.

A paixão pela literatura surgiu muito cedo. Seus pais, imigrantes judeus-russos, eram grandes contadores de história; a mãe, professora, foi quem o alfabetizou e não demorou muito para que ele começasse a escrever e que suas obras começassem a circular pelo bairro onde morava no Rio Grande do Sul.

Frequentemente aborda temas como a imigração judaica no Brasil e também tópicos como o socialismo, medicina (área de sua formação), a vida da classe média e vários outros assuntos. O autor já teve obras traduzidas para mais de 12 idiomas.

Sua primeira obra de importância foi escrita em 1968; O Carnaval dos Animais, um livro de contos que alcançou grande repercussão crítica.

Entre suas obras mais importantes estão: "A História de um médico em formação" (1962); "A Guerra do Bom Fim" (1972); "O Exército de um Homem Só" (1973); "Mês de Cães Danados"(1977); "O Centauro no Jardim" (1980); "A Orelha de Van Gogh"( 1988 - Livro que lhe rendeu o prêmio da Casa de Las Américas); "Olho Enigmático" (1988) e A mulher que Escreveu a Bíblia"(1999).

Várias pessoas tentam traduzir Scliar, termino então com a frase de Wilson Martins do Estado de São Paulo:

" Moacyr Scliar é um realista mágico, um criador de atmosferas e um domador do fantástico".


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

33° MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

Informações do site: http://msn.onne.com.br/cultura/materia/10934/s-o-paulo-cine-city


Amanhã dia 23 de outubro começa a tradicional Mostra Internacional de cinema de São Paulo. A exibição irá até o dia 5 de novembro.

Em sua 33° edição, apresentará previamente filmes de diretores consagrados, obras premiadas em outros festivais e também produções de novos cineastas. A Mostra desse ano expõe 424 filmes de 57 países.

A programação voltada para filmes de arte, com pouco apelo comercial é uma oportunidade para os admiradores do cinema apreciarem filmes que nunca estarão em cartaz e que não serão lançados em DVD.

"A mostra é essêncial para que bons filmes cuja repercussão é incerta sejam testados. Como o público é convidado a dar uma nota, muitos filmes que são avaliados acabam recebendo atenção maior das distribuidoras e entram em cartaz por conta da repercussão do público", explica Luiz Fustaino no Blog O Fino da Mostra.


"ACONTECEU EM WOODSTOCK ", de Ang Lee, que celebra os 40 anos do Festival de Woodstock é destaque na Mostra.


Documentário "ALÔ, ALÔ, TEREZINHA" de Nelson Hoineff, apresenta a vida de um dos maiores comunicadores da TV brasileira, Chacrinha.




















ABRAÇOS PARTIDOS de Pedro Almodóvar (Espanha)




















A FITA BRANCA de Michael Haneke, vencedor da Palma de Ouro em Cannes.




















MOTHER de Bong Joon-Ho da Coréia do Sul.

Jorge Guinle - Belo Caos

Até o dia 8 de novembro de 2009 pode-se conferir no MAM Rio as obras de "Jorge Guinle - Belo Caos". Trata-se da maior exposição já realizada sobre o artista.

Influenciado pelo trabalho do pintor frânces Henri Matisse e pala acition paint e arte pop norte - americanas, Jorge foi um dos artistas mais importantes da chamada Geração 80, responsáveis pela retomada da pintura no Brasil.
Infelizmente sua tragetória foi muito rápida, trabalhou somente por 7 anos, mas não deixou de produzir obras marcantes.


Uma de suas características era pintar em telas de grandes dimensões, fazendo com que os olhos acompanhem o ritmo de suas pinceladas e percam-se ou encontrem-se na mistura das cores primarias, vibrantes, iluminadas.


Na exposição estão reunidos 70 trabalhos , 45 pinturas e 26 desenhos a partir de coleções publicas e privadas do Rio, São Paulo e Paraná. A mostra inclui preciosidades como o conjunto quase completo de treze telas expostas por Jorge na Bienal de São Paulo de 1983.
Grande parte dos trabalhos reunidos são inéditas ao grande público, principalemente por pertencer a coleções privadas desde os anos 80.






sexta-feira, 16 de outubro de 2009

VIVA VILLA!

"Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha musica eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo".
(Villa - Lobos)


Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra, vai pela serra, vai pelo mar
Cantando pela serra ao luar
Correndo entre as estrelas a voar
no ar, no ar, no ar
(Trenzinho Caipira - Heitor Villa-lobos)

Estará em exposição até o dia 05 de janeiro de 2010 no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro a exposição Viva Villa, homenagem aos 50 anos da morte do maior compositor das Américas.
Um trem cenográfico, em alusão a música Trenzinho Caipira, levará os visitantes ao universo do artista, essa é a maior mostra já realizada sobre a vida e obra de Heitor.
Maestro, compositor, traz em suas obras o folclore, modas caipiras e todo um mundo mágico. Suas obras quebraram paradigmas tornando-se assim um revolucionário que introduziu um novo ritmo, rompendo a música acadêmica no Brasil.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DI CAVALCANTI

Di Cavalcanti

RESPIROU VIDA
E A EXPIROU EM SUAS OBRAS
INTENSO, OUSADO, AUDAZ, CAPAZ
EM SUAS PINTURAS PODEMOS VISUALIZAR SUA ALMA
CORES, LUMINOSIDADE, VITALIDADE, ARREBATAMENTO
PRAZER, SENSUALIDADE, SEXUALIDADE
CULTURA, CONTRADIÇÃO
ETERNA FESTA!


O Beijo

Vênus

Tempestade

Mulheres com frutas

Colonos

Samba

Gafieira

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

As 100 Melhores Músicas Brasileiras de Todos os Tempos

A revista Rolling Stones lançará em outubro uma edição especial de aniversário com as 100 melhores músicas brasileiras de todos os tempos. Para a escolha foi relevante a expressão popular e identificação com o páis.

Em segundo lugar foi eleita a música Águas de Março de Elis Regina e Tom Jobim, em terçeiro Carinhoso de Pixinguinha, depois Asa Branca de Luiz Gonzaga e em quinto Mais que Nada de Jorge Ben.

E em primeiro lugar a música Contrução de Chico Buarque. Composta em 1971, o país vivia o chamado "Milagre Brasileiro" da ditadura militar. Após ser tricampeão mundial de futebol, o otimismo tomou conta da população brasileira, que ocultava o ambiente repressor da ditadura.

Depois de um tempo exilado da Itália, Chico voltou e escreveu esses versos:


"Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um naufrágo
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio naufrágo
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado"





terça-feira, 13 de outubro de 2009

INCLUSÃO SOCIAL PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Gostaríamos de destacar o projeto "Pintou a Síndrome do Respeito" realizado pelo instituto Olga Kos de inclusão social e que está com inscrições abertas para oficinas de artes, gratuita.
O programa que teve inicio somente com 18 jovens, atualmente conta com mais de 260, incluindo as oficinas de arte e esportes.

As oficinas oferecidas pelo Olga Kos dispõem de extenso conjunto de atividades para diversas faixas etárias, baseando-se sempre no principio de interesse cultural.



Mas o que é o "Projeto Pintou a Síndrome do Respeito"?
É uma ideia que tem proporcionado muita esperança as familias com crianças com deficiência intelectual e resultados aos alunos.

E como é desenvolvido?
Através do esporte e atividades manuais, principalmente na área de artes.
Sabe-se que a arte colabora para o desenvolvimento motor e intelectual de jovens e crianças (com ou sem D.I). Quando entregues a arte, a pessoa se permite vivenciar outras formas de expressão, deixando fluir o seu interior e sua capacidade, ao mesmo tempo, exercitando sua imaginação, raciocínio, habilidade manual e relacionamento social.


Local de Realização: Casa da Cultura de Santo Amaro
Endereço: Praça Dr. Ferreira Lopes, 434 - Santo Amaro
São Paulo - SP
Dias da Semana: Terças-feiras
Horário: 16 as 18h.
Período: 20 de outubro a 8 de dezembro de 2009.

Para maiores informações:
Casa da Cultura Santo Amaro: (11) 5522-8897
Instituto Olga Kos: (11) 3081- 9300
contato@institutoolgakos.org.br
www.institutoolgakos.org.br

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Réveillon é em Arraial D'Ajuda - Bahia, um local de natureza deslumbrante e puro charme.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ZERO ASSOLUTO - SEMPLICEMENTE

Zero Assoluto é um duo musical italiano formado por Thomas De Gasperi e Matteo Maffucci.
Lançaram a canção Semplicemente em 2005 com a qual ganharam o primeiro disco de ouro e disco de platina.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ANITA MALFATI

DESAFIADORA

"Eu tinha 13 anos, e sofria porque não sabia que rumo tomar na vida. Nada ainda me revelara o fundo da minha sensibilidade[...]Resolvi, então, me submeter a uma estranha experiência: sofrer a sensação absorvente da morte. Achava que uma forte emoção, que me aproximasse violentamente do perigo, me daria a decifração definitiva da minha personalidade. E veja o que fiz. Nossa casa ficava próxima da estação da Barra Funda. Um dia saí de casa, amarrei fortemente as minhas tranças de menina, deitei-me debaixo dos dormentes e esperei o trem passar por cima de mim. Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho ensurdecedor, a deslocação de ar, a temperatura asfixiante deram-me uma impressão de delírio e de loucura. E eu via cores, cores e cores riscando o espaço, cores que eu desejaria fixar para sempre na retina assombrada. Foi a revelação: voltei decidida a me dedicar à pintura."Anita Malfatti.


O Homem Amarelo

REVOLUCIONÁRIA


Revolucionou o tradicioal e abriu caminho para o modernismo brasileiro, mas como praticamente tudo que é diferente causa estranheza, recebeu as mais duras críticas, principalmente de sua família, de quem ela mais esperava aceitação.

A mulher de Cabelos Verdes

INJUSTIÇADA

Em sua exposição, 5 anos antes da Semana de Arte Moderna, Monteiro Lobato escreveu um artigo entitulado "Paranóia ou Mistificação" em que comparava as obras de Anita "Aos desenhos dos internos dos manicômios". A partir de então, Malfati começou a receber bilhetes ofensivos e vários trabalhos vendidos foram devolvidos ou destruídos a bengaladas.

A Boba

A MUDANÇA


Vários poetas e artistas foram ao seu favor, culminando assim a Semana da Arte Moderna de 1922, na qual a participação de Anita voltou a escandalizar.

O Japonês

SER - HUMANO


Anita entra em depressão e abandona a arte. Um ano depois da Semana de Arte Moderna, viaja para Paris, volta recuperada, mas disposta a pintar uma arte mais conservadora.

Torso

LIVRE


Nos anos 50, até sua morte, em 1964, vive muito distante das polêmicas artísticas, recolhida em seu sítio.


Interior de Mônaco

Segundo suas próprias palavras "Tomei a liberdade de pintar a meu modo".


Tropical