Reconhecida desde o início da carreira pela força de uma pintura cheia de narrativas densas, Paula Rego se tornou um nome fundamental não só para a arte de Portugal. Na década de 1990, a pintora lusitana, radicada em Londres desde 1976, ganhou definitivamente um lugar entre os principais artistas da atualidade e valor de mercado proporcional a seu prestígio. Suas telas cruas, quase sempre abordando questões como violência e jogos de poder, pertencem hoje a coleções como a da galeria Tate Modern, de Londres, e a do museu Metropolitan, de Nova York. Uma mostra na Pinacoteca do Estado de São Paulo, com cerca de 110 obras, entre pinturas, gravuras, desenhos e colagens - a maior retrospectiva da pintora já realizada no Brasil -, percorre todas as fases de sua produção. Na Europa, Paula Rego inspira artistas jovens de várias áreas, especialmente literatura e música pop. Entre seus admiradores, está um dos principais nomes da nova literatura portuguesa, José Luís Peixoto. Uma tela de Paula Rego aparece na capa de seu romance Nenhum Olhar agraciado com o Prêmo Saramago de 2001.
A Pinacoteca do Estado de São Paulo reúne 110 obras da mais importante pintora portuguesa. A mostra contempla pinturas icônicas da artista, como O Homem, tríptico de 2004. Paula Rego, que também costuma expor os seus desenhos preparatórios realizados com a presença dos modelos - deixando evidente todas as etapas de sua produção -, é conhecida pelas narrativas de seus quadros, que frequentemente recriam personagens já pintados. Confira algumas obras.
Até 5 de junho
De terças a domingos, das 10h às 18h
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz, 2, São Paulo, SP
Tel.: (11) 3324-1000
R$ 6. Grátis aos sábados
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