Os órgãos barrocos formam um surpreendente acervo no Brasil, mas infelizmente é um tesouro pouco conhecido e que encara grande descaso no país.
Os banjos possuem valor incalculável para a arte sacra e a musica erudita e foi uma das principais ferramentas de trabalho de grandes compositores. Eram trazidos da Europa para a colônia para animar missas e conquistar fieis. “Esses instrumentos vão funcionar melhor do que pregações”, disse ao rei o bispo de Salvador, dom Pero Fernandes Sardinha, em 1552.
Se diferenciam pelas dimensões monumentais e pela riqueza de detalhes, pelo som e sua nitidez incomparável. A especialista Elisa Freixo diz que nenhum instrumento produz, sozinho, acordes tão ricos quanto os órgãos barrocos. Seu principio de funcionamento é o de um instrumento de sopro, mas, no lugar do pulmão humano, se faz uso de foles que enviam o ar, simultaneamente, a dezenas de tubos, que emitem o som. É como se fosse um conjunto de flautas gigantes, com até 10 metros de altura. O que distingue os modelos barrocos é que nenhum outro permite escutar com tamanha nitidez tantos acordes ao mesmo tempo.
Reportagem extraída da revista Veja - Edição de Fevereiro de 2010
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