quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CARLOS VERGARA


Falando em exposições, do dia 12/11 a 14/03/2010, será realizado no Museu de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro a mostra Carlos Vergara: Dimensão Gráfica - uma outra energia silenciosa. A exposição traz mais de 200 obras produzidas pelo artista dos anos 1960 até os dias de hoje.



O intuíto de George Kornis, curador da mostra, é o de reunir os trabalhos realizados por Vergara e mostrar ao público que as obras do artista não se tratam apenas de pinturas, mas de diversas formas de expressão; monotipias, gravuras, desenhos.

A exposição trará trabalhos nunca divulgados, além de obras inéditas no Rio, como a instalação que fez na Capela do Morumbi, em São Paulo, em 1992, ou o conjunto completo de monotipias da série Gávea. O ilustre painel de desenhos de 20 metros de comprimento, feito para a Bienal de Veneza, em 1980.





Um artista que não gosta de intitular suas obras, pois acredita que desta forma elas fiquem datadas, acredita que a obra não deve ser apenas uma massa de tinta, mas significar algo para quem a observa, pois a obra não tem tempo.

"... Vergara pintar a óleo era chocante! o que os europeus fizeram com o neoexpressionismo italiano nos anos 70, Vergara já fazia em 65 (...) A pintura atravessa toda a obra de Vergara, mesmo no que ele chama apenas de "desenhos" (sobre o papel kraft, década de 70).
As experiências nas bolhas parecem trabalhos para a reprodução em série, mas são peças únicas - "pintadas a mão". (...) Vergara como Matisse não tem vergonha de ser (ou melhor, pintar!) decorativo e bonito. As bocas do forno remetem ao holocausto judeu. A monotipia alia a impressão, vinda da gravura, com a força da cor, que remete à pintura; alías, Vergara costuma pincelar sobre o impresso. As obras recentes de Vergara mostram que a evolução continua, não dá sinais de estagnação".
(Paulo Sergio Duarte)

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