quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ARTE MARAJOARA

A Arte Marajoara se destacou na Cerâmica, e é considerada a mais antiga do Brasil e uma das mais antigas das Américas. Datada de 400 a 1350 d.c, caracteriza-se por suas técnicas variadas e sofisticação, conseguindo ser um espelho de suas crenças e mitos.



Marajó é a maior ilha fluvial do mundo, cercada pelos rios Amazonas e Tocantins e pelo oceano atlântico. Localiza-se no estado de Pará, região norte do Brasil.



A Arte Marajoara nasce da necessidade de comunicar emoções, sentimentos, verdades, tradição. Seus desenhos estão intimamente ligados a fauna local e leva o imaginário a desenhos que nos lembram labirintos, espirais, triângulos, círculos, retângulos e faces. Procuram representar seres míticos de uma maneira lógica, coerente e harmoniosa.


Em muitas das Cerâmicas Marajoaras é possível encontrar corujas com seus olhos semicerrados ou arredondadas, que, segundo suas crenças, sugerem sono ou morte.



Além de potes, vasilhas, chocalhos, desenvolviam também objetos rituais como é o caso das tangas (tapa sexo) que feitos de cerâmica, eram usados por meninos e meninas em situações cerimôniais.



A fase Marajoara termina em 1350 com a chegada dos Europeus à Ilha. Porém, graças ao uso da cerâmica em rituais funerários, vários objetos já foram encontrados em sítios arqueológicos. Esses materiais são urnas, minunciosamente decoradas, e peças mortuárias, que geralmente são achadas com ossos e artefatos pessoais.


Urna funerária

O maior acervo de peças de Cerâmica Marajoara encontra-se no Museu Emilio Goeldi em Belém - PA. Há também peças no museu Nacional do Rio de janeiro (Quinta da Boa Vista), no museu arqueológico da USP em São Paulo - SP, no Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral em Florianópolis - SC.

No exterior são encontradas no American Museum of Natural History em Nova York e Museu Barbier Muller em Genebra.

Os traços da Arte Marajoara podem ser reconhecidos até hoje no artesanato local de Belém e na Ilha de Marajó.

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