sábado, 12 de novembro de 2011

ARTE CINÉTICA

Abraham Palatnik é um pioneiro da arte cinética. Hoje o artista desfruta de um lugar próprio na história da arte brasileira e internacional. Se adjetivos como pioneiro e transgressor são sempre colados a sua produção é porque ela surge de forma dissonante desde a I Bienal de São Paulo, em 1951. Ao invés de uma pintura ou escultura, Palatnik exibia então seu primeiro “Aparelho Cinecromático” – uma “máquina pictórica”. Aqui, tecidos sintéticos, motores, luzes e a incorporação decisiva do espectador no ambiente são os elementos que estruturam a obra. Devido a esse caráter dissonante, o trabalho quase foi recusado na exposição. Vemos, hoje, que se testemunhava ali um gesto pioneiro no campo da arte cinética. O que singulariza o trabalho de Palatnik é o uso que ele faz da tecnologia e suas possibilidades inovadoras. Não se trata de uma arte que está a serviço da técnica, mas sim de um olhar atento que sabe retirar dos materiais mais diversos toda sua potencialidade poética.








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